quinta-feira, 19 de maio de 2011

O JOGO DE BÚZIOS

 
Ifá, é o nome de um Oráculo africano. É um sistema de adivinhação que se originou na África Ocidental entre os Yorubas, na Nigéria. É também designado por Fa entre os Fon e Afa entre os Ewe. Não é propriamente uma divindade (Orixá), é o porta-voz de Orunmilá e dos outros Orixás.
O sistema pertence as religiões tradicionais africanas mas é praticado entre os adeptos do Candomblé no Brasil através do Culto de Ifá, e similares transplantadas para o Novo Mundo.  O Orixá Orumilá é também chamado de Ifá, ou Orunmila-Ifa e também é denominado frequentemente Agbonniregun ("Aquele que é mais eficaz do que qualquer remédio"). Em caso de dúvida Ifá é consultado pelas pessoas que precisam de uma decisão, que queiram saber sobre casamentos, viagens, negócios importantes, doenças, ou por motivo religioso.  Orunmilá é o orixá e divindade da profecia. Ifá é o nome do Oráculo utilizado por Orunmilá.   

O JOGO DE BÚZIOS
Como será meu dia de amanhã?

Se eu fizer o que pretendo, qual será o resultado?

Desde que o mundo é mundo que o homem tem necessidade de saber algo sobre o seu futuro. Dentro do Candomblé, a modalidade do jogo de búzios é a mais conhecida (O búzio é uma concha do mar encontrado em praias litorâneas).

O jogo de búzios é um aprendizado de conhecimentos preciosos em que a memória exerce um papel muito importante, ou seja, é lá na memória ou cabeça, que se vai guardar uma enorme série de histórias, lendas e caídas que decifram, segundo a tradição yorubá, a vida de uma pessoa.

Na Nigéria, o jogo de búzios recebe o nome de Merindilogún, ou seja, o "JOGO DOS DEZESSEIS". O processo do jogo de búzios consiste no seguinte: Os búzios são lançados sobre uma toalha ou peneira conforme a nação daquele Babalorixá ou Yalorixá que está jogando. A posição em que os búzios caem é que dará as indicações necessárias solicitadas pelos consulentes. Portanto, cabe ao Babalorixá ou Yalorixá interpretar as caídas e passar para os consulentes as mensagens do jogo.

sábado, 14 de maio de 2011

Kó sí èyí ti yóò móo jeun              Não existe ninguém que coma
Tàbí yóò móo se igúnwà ti kó    Ou esteja instalado com realeza
Ni fi ti èsù síwájú.                     Sem que haja recorrido a Esú primeiro.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

um pouco sobre nossos maravilhosos ancestrais

Pretos-Velhos  

                                                                            História
As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma.
Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França.
Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros:
Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.
Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos vencidos escravos.
No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.
Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e malês.
A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro; em quatro séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população.
Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": Pau, Pano e Pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães-do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi (protegido de Ogum).
Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei Áurea.
A Legião de espíritos chamados "Pretos-Velhos" foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio do tráfico de escravos arrebanhados da África.
Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África. Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião.
Idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza.
Mesmo contando com a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece.
Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre acontece.
O ato final da peça que encarnamos no vale de lágrimas que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua missão não estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual. Muitos ainda, usando seu linguajar característico, praticando os sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.
Formação da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda
Depois de mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais característicos das tribos a que pertenciam.
Os Pretos-velhos são nossos Guias ou Protetores, mas no Candomblé, são considerados Eguns (almas desencarnadas), e decorrente disso, só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam branco ou preto e branco. Essas cores são usadas porque, sendo os Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares.
O dia em que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).
O Nomes dos Pretos-Velhos
Há muita controvérsia sobre o fato de o nome do Preto-Velho ser uma miscelânea de palavras portuguesas e africanas. Voltemos ao passado, na época que cognominamos "A Idade das Trevas" no Brasil, dos feitores e senhores, senzalas e quilombos, sendo os senhores feudais brasileiros católicos ferrenhos (devido à influência portuguesa) não permitiam a seus escravos a liberdade de culto. Eram obrigados a aprender e praticar os dogmas religiosos dos amos. Porém eles seguiram a velha norma: contra a força não  há resistência, só a inteligência vence. Faziam seus rituais às ocultas, deixando que os déspotas em miniatura acreditassem estar eles doutrinados para o catolicismo, cujas cerimônias assistiam forçados.
As crianças escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes. A primeira, ocultamente, na nação a que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo com a seita. A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta obrigatória e nela a criança recebia o primeiro nome dado pelo seu senhor, sendo o sobrenome composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera (Ex.: Antônio da Coroa Grande), ou então da região africana de onde vieram (Ex.: Joaquim D'Angola).
O termo "Velho", "Vovô" e "Vovó" é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, como um vovô ou uma vovó subentendemos que essa pessoa já tenha vivido mais tempo, adquirindo assim sabedoria, paciência, compreensão. É baseado nesses fatores que as pessoas mais velhas aconselham.
No mundo espiritual é bastante semelhante, a grande característica dessa linha é o conselho.  É devido a esse fator que carinhosamente dizemos que são os "Psicólogos da Umbanda".
Eis aqui, como exemplo, o nome de alguns Pretos-Velhos:
Pai Cambinda (ou Cambina), Pai Roberto, Pai Cipriano, Pai João ,Pai Congo, Pai José D'Angola, Pai Benguela, Pai Jerônimo, Pai Francisco, Pai Guiné, Pai Joaquim, Pai Antônio, Pai Serafim, Pai Firmino D'Angola, Pai Serapião, Pai Fabrício das Almas, Pai Benedito, Pai Julião, Pai Jobim, Pai Jobá, Pai Jacó, Pai Caetano, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Malaquias, Pai Dindó, Vovó Maria Conga, Vovó Manuela, Vovó Chica, Vovó Cambinda (ou Cambina), Vovó Ana, Vovó Maria Redonda, Vovó Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Mariana, Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do Rosário, Vovó Benedita.
  Obs: Normalmente os Pretos-Velhos tratados por Vovô ou Vovó são mais “velhos” do que aqueles tratados por Pai, Mãe, Tio ou Tia).
Atribuições
Eles representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.
Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem incutir-lhes os conceitos de karma e ensinar-lhes resignação
Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos Pretos-Velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de Preto-Velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo-forma.
Outros foram até mesmo Exus, que evoluíram e tomaram as formas de um Pretos-Velhos.
Este comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas: "então o Preto-Velho não é um Preto-Velho, ou é, ou o que acontece???".
Esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda.
O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um Preto-Velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.
Por isso, se você for falar com um Preto-Velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.
Para muitos os Pretos-Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus desfazendo trabalhos. Também combatem as forças negativas (o mal), espíritos obssessores e kiumbas.

1012A Mensagem dos Pretos-Velhos
A figura do Preto-Velho é um símbolo magnífico. Ela representa o espírito de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente.
Certa vez, em um centro do interior de Minas, uma senhora consultando-se com um Preto-Velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e, só retornavam ao terreiro, quando estavam com outros problemas. O Preto-Velho deu uma baforada com seu cachimbo e respondeu tranquilamente: "Sabe filha, essas pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo. Procuramos ajudá-las, resolvendo seus problemas; mas, aquelas que podem ser aproveitadas, depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca, descalças, fazendo parte do terreiro. Muitas pessoas vem aqui buscar lã e saem tosqueadas; acabam nos ajudando nos trabalhos de caridade".
Essa é a sabedoria dos Pretos-Velhos...
Os Pretos-Velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina. Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.
Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo como encare seu destino e os acontecimentos de sua vida:
"Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano).
Características:  
Linha e Irradiação
Todos os Pretos-Velhos vem na linha de Obaluaiê, mas cada um vem na irradiação de um Orixá diferente.
Fios de Contas (Guias)
Muitos dos Pretos-Velhos Gostam de Guias com Contas de Rosário de Nossa Senhora, alguns misturam favas e colocam Cruzes ou Figas feitas de Guiné ou Arruda.
Roupas
Preta e branca; carijó (xadrez preto e branco). As Pretas-Velhas às vezes usam lenços na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéu de palha.
Bebida
Café preto, vinho tinto, vinho moscatel, cachaça com mel (às vezes misturam ervas, sal, alho e outros elementos na bebida).
Dia da semana: Segunda-feira
Chakra atuante: básico ou sacro
Planeta regente: Saturno
Cor representativa: preto e branco;
Saudação: Cacurucaia (Deve sempre ser respondida com “Adorei as Almas”)
Fumo: cachimbos ou cigarros de palha.
Obs: Os Pretos-Velhos às vezes usam bengalas ou cajados.
Cozinha Ritualística
Tutu de feijão preto
Mingau das almas
É um mingau feito de maizena e leite de vaca (às vezes com leite de coco), sem açúcar ou sal, colocado em tigela de louça branca. É comum colocar-se uma cruz feita de fitas pretas sobre esse mingau, antes de entregá-lo na natureza.
Bolinhos de tapioca
 Os bolinhos de tapioca são feitos colocando-se a tapioca de molho em água quente (ou leite de coco, se preferir), de modo a inchar. Quando inchado, enrole os bolinhos em forma de croquete e passe-os em farinha de mesa crua. Asse na grelha.
Colocar os bolinhos em prato de louça branca podendo acrescentar arruda, rapadura, fumo de rolo, etc.
Obs: Nas sessões festivas de Pretos-Velhos, é usual servir a tradicional feijoada completa, feita de feijão preto, miúdos e carne salgada de boi, acompanhada de couve à mineira e farofa.
Formas Incorporativas E Especialidade Dos Pretos-Velhos:
Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito.  A vibração começa com um "peso" nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os pés fixados no chão.  Se locomovem apenas quando incorporam para as saudações necessárias (atabaque, gongá, etc...) e depois sentam e praticam sua caridade (Podemos encontrar alguns que se mantém em pé).
É possível ver Pretos-Velhos dançando, mais esse dançando é sutíl, e apenas com movimentos dos ombros quando sentados.
Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar.  Usam vocabulário simples, sem palavras rebuscadas. 
A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mas diferenças ocorrem porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham.
Essas diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás:
 Pretos-Velhos De Ogum
São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes.
São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque", mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas.
São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e "medrosos".  É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.
 Pretos-Velhos De Oxum
São mais lentos na forma de incorporar e até falar.  Passam para o médium uma serenidade inconfundível.
Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado.
São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior.  As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa.
 Pretos-Velhos De Xangô
Sua incorporação é rápida como as de Ogum.
Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais.
Passam seriedade em cada palavra dita.  Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.
 Pretos-Velhos De Iansã
São rápidos na sua forma de incorporar e falar.  Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas.
Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá.
Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa.  São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual.
Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego.  É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.
 Pretos-Velhos De Oxossi
São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas.
Esses Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo.
Possuem uma especialidade:  A de  receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc...  São verdadeiros químicos em seus tocos. - Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior "químico" - Oxossi.
Pretos-Velhos De Nanã
São raros, sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda.  Lenta e muito pesada.  Enfatizando ainda mais a idade avançada.
Falam rígido, com seriedade profunda.  Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo.
Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo.  Não admite injustiça.
Costumam se afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca".  Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral.  Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada.
É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.
São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma, pois isso sem dúvida é a sua função.
Atuam também como os de Inhasã e Obaluaiê, conduzindo Eguns.
 Pretos-Velhos De Obaluaiê
São simples em sua forma de incorporar e falar.  Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral.
Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros.
Agarram-se a seus "filhos" com total dedicação e carinho, não deixando no entanto de cobrar e corrigir também.  Pois entendem que a correção é uma forma de amar.
Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos-Velhos.  Ou seja,  se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento.
Como trabalha para Obaluaiê, e este é o "dono das almas", esses Pretos-Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos.
Sua "visão" é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes.  Tanto pessoal como profissional e até espiritual.
Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos.
Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.
 Pretos-Velhos De Yemanjá
São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade.  Sua fala é doce e meiga.
Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares.
PretoVelho2Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as mulheres que desejam engravidar.
Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes.

Pretos-Velhos De Oxalá
São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos.
Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos.
Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas.

adorei as almas, saudação aos nossos ancestrais

   ORAÇÃO AOS PRETOS VELHOS
Preto Velho
Carreteiro de Oxalá
Bastão bendito de Zâmbi
Mensageiro de Obatalá

Meu pensamento eleva-se ao teu espírito e peço Agô.
Que tuas guias sejam o farol que norteie minha vida,
Que vossa pemba trace o caminho certo para todos os meus atos,
Que vossas palavras, tão cheias de compreensão e bondade, iluminem minha mente e meu coração,
Que teu cajado me ampare em meus tropeços.

Ontem te curvastes aos senhores…
Hoje, ajoelho-me aos teus pés pedindo que intercedas junto a Oxalá por mim e por todos que neste momento clamam por vós.
Maleme e paz sobre meu lar e que a luz divina de Obatalá se estenda pelo mundo,
E que o grito de todos os orixás sejam o sinal de vitória sobre todas as demandas de minha vida.
Maleme as almas.
Maleme para todos os meus inimigos, para que saiam do negrume da vingança
E encontrem fonte fecunda e clara do amor e caridade.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

alguma coisa do extenso idioma yorubá , claro que não quero ensinar, so ajudar


Rápido Esclarecimento sobre o Idioma
Iorubá
O iorubá é um idioma que já era falado na Nigéria e em
algumas regiões próximas ao Golfo do Benin quando os colonizadores
ingleses e franceses aportaram no continente africano. É uma língua tonal
que leva em consideração não somente o som, mas também o tom de cada
palavra. Foi escrita pela primeira vez, no século XIX, por missionários, pois
até então os habitantes daquela região não possuíam uma língua escrita. Seu
vocabulário
é constituído de 25 letras, a seguir:
a, b, d, e, e, f, g, gb, h, i, j, k, 1, m, n, o, o, p, r, s, s, t, u, w, y.
Os sons são pronunciados: a = a
b, d, f, 1, m, n, s, t, = pronunciadas como em português
e = é, como em medo
e = e, como em teto
g = tem sempre um som gutural (ga), nunca é pronunciado como em
gesso e giz
gb = pronunciado g e b simultaneamente
h = aspirado
i = i
j = dj
k = substitui a letra c antes de a/o/u, e substitui o qu antes de e/i
o = ô, como empoça
o — o, como em cobra
p = pronunciado como kp em início de palavras
r = tem a pronúncia de r entre vogais
s = eh, como em chapéu
u = u
w = u  

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ
1.       ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.
2.         DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX.
3.         REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça.
4.         APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido.
5.         DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.
6.         AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si.
7.         PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.
Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.
O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí).
Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais.
Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi" Verger e tantos outros.
O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí", único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e verdadeiro Oluwô.
A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na natureza e no convívio social.
Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá, devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos de nossa ontogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da própria mente e, em conseqüência, dos fatos naturais e sociais nos quais atua.

domingo, 8 de maio de 2011

sr meia lua

minha fé, meu porto seguro, sr exu do lodo, e moça da praia

sr exu meia lua comigo, exu de trabalho da casa, serventia do do sr exu do lodo

a verdade e suas diversas faces

incrivel como uma pessoa comum sofre na busca de sua fé, pricipalmente  quando não tem recursos, nem amizades que ja frequentam lugares com fundamento, mas até isso é muito relativo, pois tem o chamado ,"" eu aprendi assim com os mais velhos"" e vc tem de engolir, pois ou aceita ou esta fora e sendo queimado literalmente, eu digo pois vivi isso, bom, continuando minha historia, fomos ver a casa, ficamos encantados, tudo lindo, bem limpinho, organizado , boa casa, é casa boa, fomos frequentando, com o passar das sessoes fomos convidados para ir para corrente,  era uma casa de almas e angola, nem sabia o que era para mim era macumba, sarava, ta fomos nos misturando conhecendo a casa
complicada a situação, pois era uma casa de umbanda e virou almas e angola, e agora o que é isso? mas tudo bem,  devagar,  aprendo, fomos vendo a situação, querendo aprender e ninguem querendo ensinar, o ouvido fino, captando tudo, dai soube que a casa era de umbanda feita pela mãe de santo mais velha de laguna, e que ela fez os fundamentos, mas o dono conheceu um zelador de almas e angola, de sao jose, que não era pai dele , pois ele na realidade não tinha pasado para o asé do zelador, a coisa era tão estranha, mas fazer o que!!!  O  padrinho avô, posso dizer assim pois o zelador o considerava padrinho, foi chamado para fazer nosso batizado, a confusão é cruel, tá mas fomos batizados, banha de ori, azeite de oliva,, velas, pemba, sal, um dos cantos; O rio , o rio de jordão, joão batizou cristo, cristo,  batizou joão, batiza, batiza, estavamos batizados, nem falei do sacudimento,  um estouro de polvora no canto da casa do lado de fora, mas ta, era o ritual deles, continuamos, o zelador  só dizia quem quer aprender me segue, ve o que faço, eu pedia ,  mas de umas doutrinas sobre  a religião para nós, ele dizia os mediuns da casa não querem, eu dizia mas temos um grupo de tres pessoas que querem, dai ele disse eu não vou dar doutrina para tres ou quatro é muito cansativo, comecei  a me estressar mas,,, foi passando o tempo, e nada a situação continuava ruim, ja sentia vibração do pai omulu, e do sr exu do lodo, um dia chegou um amigo aqui na minha casa e me falou ;;;; to mal, preciso de ajuda, eu disse olha to indo em casa la laguna, queres ir? ele foi , gostou, dai na semana seguinte, era toda sexta, ele foi de novo, e assim foi por varias semanas, uma sessão de preto velhos,  começou , todos os pretos velhos ja em terra, ele pegou um chapeu, foi para a frente do gongá, já que não cantam para meu preto , ele vem sem toque, e "virou" no preto velho, o preto velho da casa fazia  "hum,hum", ele começou, hum, hum, dai disse isso alto, eu sou filho daquele preto beiçudo ali, e apontou para o preto velho, o preto velho gritou, meu não, sim, sou sim, ou ja esqueceu que me jogou fora, e fui criado no mato, foi uma loucura, pediram para ele fazer seu ponto, ele escreveu, preto, e fez um circulo ao redor dele, nos nos acabamos, foi uma gira perversa, claro o cara queria perturbar e conseguiu, ouvi um monte por causa dele , pois fui eu que levei ele, e ele o cara se achando, dizendo que tudo aquilo éra real, loucura, nisto chega na casa uma senhora, ela é do batuque, fiquei interessado, fiz amizade, a  pessoa que nos levou para a casa , la estava como zeladora, mas tudo muito confuso, passado um tempo ela se desentendeu com o zelador da casa e se afastou, mas nos apresentou um amigo, que tambem seria zelador de almas e angola, nunca tinha visto um ogun daquele, sete ondas, gostei, o exu dele quase nem vinha, mas a pomba gira, a sete saias, era tudo de bom, para frente tem babado sobre "ela", mas afastaram-se da casa, quando fez um ano na casa e nada, o sr exu do lodo em uma gira disse , meu filho não vem mais nesta casa, é a ultima vez, que ele vem girar, so para visitar,  se vier, e foi embora, meu filho estava e me passou isso, outros que ouviram falaram comigo para pedir para o exu voltar atras, mas foi  assim mesmo, eu fiquei sem saber o que fazer, mas isso é coisa para outro dia

pelas praças e ruas de curitiba

anoitecer na praia da vila , em imbituba , meu paraiso

sexta-feira, 6 de maio de 2011

minha historia, minha trajetoria no santo e exu

quem sou eu? sou uma pessoa que luta todos os dias para ter conhecimento real, dentro das minhas condiçoes, começei a minha busca pela espiritualidade somente depois de alguns duros golpes em minha vida, mas aonde ir? procurar quem?  sempre vi pessoas falarem sobre espiritos, mas isso é algo muito distante da vida real para quem não tem caminho na espiritualidade, EPA, como não tem caminho?   nasci em uma familia com seis (6) filhos, eu o segundo mais novo, me vi sem pai aos cinco(5) ou seis (6) anos e o pior de tudo, sem ter aonde morar e doente, meus ouvidos purgavam, as feridas tomavam conta de meu corpo, tive furunculos varios, durante muito tempo, o tempo passou, eu com as dificuldades não conclui meus estudos, normal , para pobres sem pai, fui vivendo ,sai de novo hamburgo,rs, vim para sao jose sc, aqui começou outra etapa da minha vida, trabalhei diversos anos com soldas,(sai de sao josé fui para Paulo lopes, bairro penha, depois vim para imbituba, onde estou ate hoje) até que passei por umas cirurgias, dai resolvi parar com as soldas e montei um comercio de peças usadas, sempre um passo a frente e tres atras conheci uma pessoa que é da religião, ela era cambone em uma casa, eu claro sempre brigava com ela por causa da religião, falava horrores, meu filho mais velho começou  a usar drogas, fiquei perdido, me senti o ultimo dos homens, fracassei com meu filho, a depressao tomou conta, essa mesma pessoa me disse olha, se vc não quer se ajudar eu quero melhorar, e isso ai é espiritual, vamos procurar algo, alguem tem de nos ajudar, dai tem  uma casa aqui na cidade(imbituba) , fomos, eu nem tinha ideia de nada da religião espirita, a nao ser o trivial que todos sabem, chegando la, era sessao de que nem sei, mas tinha um pessoal la é só o que lembro, pois algo tomou conta de mim e arrastou minha cara pelo chao do barracão, literalmente, só sei que quando vim a mim, estava com rosto todo dolorido, não me disseram nada e ficou assim, uma pessoa que estava na assistencia, conhecia a minha amiga, e nos convidou para irmos em uma casa onde ela estava frequentando na cidade vizinha , bom isso é assunto para amanhã, pois é o começo de toda caminhada